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Pesquisa

Projeto do curso de Agronomia de Iturama faz mapeamento de solo em parceria com startup do agronegócio

Publicado: Terça, 03 de Agosto de 2021, 10h48

 

Está em andamento um projeto de pesquisa da Agronomia da UFTM, Campus Iturama, que relaciona as tipologias das argilas do solo com prática de manejo de forragens para produção agropecuária sustentável. O projeto é coordenado pelos professores Vanessa Galati e Eric van Cleef, docentes do curso.

Com caráter multidisciplinar, o projeto envolve a participação de pesquisadores de outras instituições de ensino e estabeleceu parceria com uma startup originada na Unesp de Jaboticabal e apoiada pela Fapesp, dirigida por Diego Siqueira, especialista em projetos de impactos socioambientais por meio da ciência e inovação. O projeto também conta com apoio do Núcleo de Inovação e Tecnologia da UFTM, sob coordenação do professor Douglas Miranda e da equipe da Agência UFTM de Inovação, coordenada por Camila Arantes.

Com o objetivo de mapear o potencial dos solos tropicais para sistemas agropecuários sustentáveis, a expectativa é de que o projeto gere diferentes benefícios para alunos, pesquisadores, gestores públicos e empresas da região. Além de trazer benefícios para o planejamento da unidade experimental do Campus Universitário de Iturama, o projeto pode agregar em ações de políticas públicas junto à prefeitura para uso e ocupação do solo, além de melhorar a performance dos negócios regionais promovendo manejos mais sustentáveis e rentáveis. “Queremos converter ciência em tecnologia e inovação para a sociedade ajudando no desenvolvimento da região e interiorização de novas propostas tecnológicas no Pontal do Triângulo Mineiro”, afirmou a professora Vanessa Galati.

A cronologia

Em uma primeira etapa da parceria, o cientista em ciência do solo, Diego Siqueira, participou de um projeto piloto sob coordenação do professor Eric van Cleef da UFTM. Eles iniciaram estudos sobre a relação das tipologias das argilas do solo com práticas de manejo de forragens para alimentação animal em sistema de integração lavoura-pecuária-floresta, composto pelo cultivo consorciado de Milho, Capim Massai e Gliricidia. Essa pesquisa foi realizada na área experimental do Sindicato dos Produtores Rurais de Iturama, com avaliações pontuais. Os resultados preliminares motivaram os pesquisadores a proporem algo ainda mais arrojado, impactando todo o município de Iturama, MG.

A segunda etapa do projeto foi registrada no NIT da UFTM e visa elaborar o mapa dos tipos de argila de todo o município. Foram realizadas reuniões entre docentes da UFTM, NIT/UFTM e a startup para elaboração do acordo universidade-empresa. “A região de Iturama é um polo estratégico para ações e projetos agropecuários, pois faz fronteira com os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás. A conexão universidade-startup-sociedade poderá fomentar o uso sustentável dos solos do bioma Cerrado”, complementou o professor Eric van Cleef.

A Startup Quanticum, que apoia projetos de desenvolvimento regionais, nasceu de um grupo de pesquisa da Unesp de Jaboticabal e todos seus fundadores são ex-alunos daquela instituição. Todas as análises e elaboração dos mapas de tipologia das argilas serão realizadas pela startup, a custo zero para a UFTM. O mapa gerado poderá ser utilizado em outros projetos da UFTM para promover o desenvolvimento regional. “Acima de tudo, acreditamos no protagonismo brasileiro para agricultura tropical e na mudança da realidade das pessoas por meio da inclusão tecnológica”, reforçou Diego Siqueira.

O projeto e a sustentabilidade

Em 2015, a ONU propôs aos seus mais de 180 países membros um plano global baseado em 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para serem alcançados até 2030. Mais de 30% das ODS têm relação direta com solo.

Com base na conexão humana e no poder do conhecimento, inspirados pela ODS 17, empresas e universidades, em diferentes partes do mundo, unem-se para ajudar a sociedade a produzir alimentos de forma sustentável. Esse foi o modelo utilizado pela UFTM, Campus Iturama-MG e a Quanticum, empresa de alta tecnologia com DNA Unesp. “Acreditamos que o projeto possa ser o primeiro de muitos para inspirar alunos, jovens talentos para pesquisa de alto impacto e empresários com visão para novas tecnologias. O Novo Marco Legal das Startups incentiva e apoia modelos como esse, que também está conectado com as demandas da ONU”, comentou Douglas Miranda.

Fotos: Vanessa Galati e Eric van Cleef/arquivo pessoal

 

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