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Pesquisa em rede

Projeto da UFTM em rede mineira de pesquisa analisará efeitos de substâncias anticancerígenas de plantas medicinais

Publicado: Quarta, 01 de Junho de 2022, 16h03

A Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM participará com outras instituições de proposta aprovada junto à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – Fapemig, com vigência de maio de 2022 a maio de 2025. A proposta, aprovada no âmbito da Chamada Fapemig 07/2021 - Redes de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico com Foco em Demandas Estratégicas, é intitulada Rede Mineira de Pesquisa Translacional em Imunobiológicos e Biofármacos no Câncer – REMITRIBIC.

A Rede é coordenada pelo professor Alexander Birbrair, da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, e é composta por projetos de várias instituições como a UFMG, UFV, UFU, Unimontes e UFTM. O valor total do recurso será de R$1.479.910,50. Os pesquisadores e coordenadores locais na UFTM serão os professores Alexandre de Paula Rogério e David Nascimento Silva Teixeira, ambos do Departamento de Biomedicina, vinculado ao Instituto de Ciências da Saúde – ICS.

O coordenador da proposta, professor Alexander, informou que a Rede está nascendo agora, mas pretende ingressar mais pesquisadores para se tornar uma rede mais sólida, perdurando por muitos anos. “Nessa REDE foram incluídos pesquisadores dos melhores centros de pesquisa do estado de Minas Gerais, com diferentes expertises, que vão cooperar para abordar a biologia do câncer desde o nível mais básico, como a elaboração de moléculas e biofármacos, testando se eles funcionam in vitro em culturas de células tumorais e in vivo em modelos pré-clínicos de animais, até chegar aos modelos tanto veterinários quanto humanos. Dessa forma pretendemos buscar o melhor entendimento dos mecanismos moleculares e celulares envolvidos na progressão do câncer e o desenvolvimento de tecnologias e moléculas novas para seu combate. A finalidade da REDE é que chegue à clínica o melhoramento do tratamento que já existe para os cânceres através do estudo mais profundo da biologia do câncer”, destacou.   

Serão vários projetos desenvolvidos pela Rede. Na UFTM, serão avaliados os efeitos do ácido elágico e da quercetina (substâncias extraídas de plantas medicinais) em células A549, de linhagem tumoral epitelial alveolar, estimuladas por extrato da fumaça do cigarro.

Professor David Nascimento Silva Teixeira (UFTM)

 

Professor Alexandre de Paula Rogério (UFTM)

 

Conforme o professor Alexandre, os pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica associada ao tabagismo podem ter uma incidência aumentada de câncer de pulmão, sendo um grande problema de saúde, já que mata mais pessoas em todo o mundo do que qualquer outro câncer. Apesar das terapias padrões, há um número significante de pacientes com câncer que utilizam produtos derivados de plantas medicinais. A atividade citotóxica e antitumoral desses produtos resulta de vários mecanismos como, por exemplo, a sua atividade antioxidante. Além disso, esses produtos podem reduzir os efeitos adversos, aumentar as interações sinérgicas de drogas anticânceres sintéticas e fortalecer o sistema imune.

Plantas medicinais são tradicionalmente usadas como tônico para o tratamento de inflamação e cânceres. O ácido elágico foi isolado dessas plantas e também está presente em outras plantas e frutas. A quercetina, o flavonóide mais conhecido e amplamente encontrado na natureza, também está presente nos alimentos como as frutas, além de estar disponível como suplemento comercial. A maior ingestão de alimentos ricos em quercetina tem sido associada a um menor risco de câncer de pulmão.

A quercetina e o ácido elágico demonstram vários efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios e anticânceres, mas sem prejudicar as células saudáveis. Dessa forma, os efeitos do ácido elágico e da quercetina serão estudados em linhagem de células tumorais A549, derivada de carcinoma de células alveolares humanas, estimuladas com o extrato da fumaça do cigarro. “Serão avaliados diversos processos como a viabilidade celular, transição epitelial mesenquimal, estresse oxidativo, resposta inflamatória e expressão de biomarcadores, entre outros, ampliando assim os conhecimentos dos mecanismos anticânceres desses produtos e possibilitando o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas”, pontuou o professor Alexandre.

Mais informações poderão ser obtidas pelos e-mails O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.  e O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

 

Fotos: arquivos pessoais

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