Projeto da UFTM sobre parentalidade recebe prêmio nacional do Ministério Público
Professora Luciana Maria da Silva (dir.), coordenadora do projeto de extensão
O projeto de extensão “Oficinas de Parentalidade” desenvolvido na UFTM sob a coordenação da professora Luciana Maria da Silva, do departamento de Saúde Coletiva, em parceria com a 8ª Promotoria de Justiça de Uberaba-MG, foi um dos vencedores do Prêmio CNMP 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público. A solenidade ocorreu durante a abertura do 8º Congresso Brasileiro de Gestão do Ministério Público, em Brasília/DF.
Concorreram ao Prêmio CNMP deste ano 1.077 iniciativas do Ministério Público brasileiro e houve somente 27 premiados em 9 categorias. Os projetos foram enquadrados em nove categorias: Defesa dos Direitos Fundamentais; Transformação Social; Indução de Políticas Públicas; Redução da Criminalidade; Redução da Corrupção; Unidade e Eficiência da Atuação Institucional e Operacional; Comunicação e Relacionamento; Profissionalização da Gestão; e Tecnologia da Informação. O projeto desenvolvido em Uberaba foi enquadrado na Categoria Unidade e Eficiência da Atuação Institucional e Operacional.
O projeto
O projeto “Oficinas de Parentalidade” foi implantado na Comarca de Uberaba-MG desde 2014, sendo desenvolvido a partir da Recomendação 050/2014 do Conselho Nacional de Justiça. Visa atender famílias com processos judiciais que revelem abordagem destrutiva de conflitos oriundos da ruptura do relacionamento dos pais, como divórcio, disputa de guardas, litígio por pensão, dentre outros, em detrimento dos filhos menores. O objetivo geral é auxiliar pais e filhos menores no enfrentamento destes conflitos e suas consequências.
São realizadas quatro oficinas para filhos e pais, separadamente, em único encontro de quatro horas de duração, sendo uma para crianças (de 6 a 11 anos), uma para adolescentes (de 12 a 17 anos) e duas para os pais, que participam de oficinas separadas. As oficinas são coordenadas por dois instrutores e o material é cedido pelo Conselho Nacional de Justiça. Os instrutores são pessoas voluntárias e são capacitados pela coordenadora do projeto e pela Promotoria parceira do projeto. Também conta com discentes de graduação, docentes e técnicos administrativos da UFTM em sua execução.
De 2014 até então, 632 pessoas foram beneficiadas diretamente, fora os desdobramentos indiretos nas famílias, que não há mensuração. “A possibilidade de ajudar a comunidade em questões tão conflituosas e complicadas é muito gratificante, ademais saber que é um projeto que está em destaque em âmbito nacional na cidade de Uberaba é extremamente gratificante, ainda mais para a UFTM. Além do mais, ressalta-se a relevância e responsabilidade social do projeto por contribuir para a efetivação de medidas legais de proteção a criança e ao adolescente”, afirmou a professora Luciana.
Sobre a premiação, a coordenadora entende que configura um reconhecimento nacional do projeto pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que acontece aqui em Uberaba, sendo a UFTM a primeira instituição parceira à 8a Promotoria de Uberaba, desde o início.
Fotos: Divulgação/UFTM
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