Laboratório do ICBN investe em sustentabilidade e economia
O laboratório de fisiologia do Instituto de Ciências Biológicas e Naturais – ICBN da UFTM investiu na troca do equipamento de purificação de água que se traduziu em economia para a Universidade e redução no impacto ambiental.
O novo aparelho de osmose reversa substituiu o destilador. Em testes realizados no laboratório, foi estimado que o equipamento antigo, funcionando durante uma hora, consumia cerca de 200 litros de água para produzir 5 litros de água purificada. Já o atual, consome 75 litros pelo mesmo período ligado para produzir entre 20 e 25 litros de água purificada. O consumo de energia elétrica também reduziu, pois gasta 200 vezes menos. O efeito financeiro desta troca gira em torno de 100 a 130 reais por mês de economia na conta. De acordo com os cálculos, o custo de R$ 2.300,00 será recuperado de 18 a 24 meses. A aquisição do aparelho foi realizada por meio de processo licitatório da UFTM.
Lucas Felipe de Oliveira, biomédico do laboratório, aponta outro impacto. “Como a qualidade de água é um pouco superior, a gente tem um produto melhor. E diminuiu o consumo de tempo do funcionário trabalhando no equipamento”, relatou. A água produzida atende a toda demanda do laboratório e de pesquisadores, alunos de pós-graduação, alunos de iniciação científica e professores vinculados à disciplina de Fisiologia e outras áreas.
Aldo Aquiles Rodrigues, professor da disciplina de fisiologia do ICBN, destaca o benefício para o meio-ambiente. “Do ponto de vista ambiental, não é apenas um ganho direto em economia de água e energia elétrica. O destilador aquece muito o ambiente onde está instalado. E como estão em ambientes climatizados, a economia de energia também reflete num menor uso do aparelho de ar condicionado”.
Em laboratórios tanto de análises clínicas quanto de pesquisa vários tipos de procedimentos de preparação para materiais próprios para pesquisa precisam utilizar água purificada. “A água potável que vem da torneira não serve para esse propósito. Ela tem vários contaminantes, como microrganismos, e vem com uma concentração muito alta de íons e moléculas orgânicas. Ao purificar essa água, eliminamos de 90 a 99% de todos esses contaminantes, e a deixamos com a concentração extremamente baixa de íons, com condutividade elétrica muito baixa. Para fazer qualquer tipo de pesquisa, quando precisamos preparar algum reagente ou meio de cultura ou qualquer ensaio que envolva a utilização de água, precisamos de uma água purificada e por isso que esse equipamento é essencial em qualquer laboratório”, explicou Lucas.
Entre as inúmeras técnicas realizadas no laboratório, está o cultivo de células, principalmente as células-tronco. A água purificada é coletada do aparelho e é adicionalmente purificada para servir como solvente na produção de meio de cultura para as células. A água tem que estar pura porque, se houver qualquer contaminante, pode prejudicar o procedimento do cultivo celular. “Essa água produzida pelo equipamento permite que os experimentos sejam executados com o devido rigor científico”, concluiu Aldo.
Fotos: L.Adolfo/UFTM
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